Os ataques aéreos se concentram principalmente em Rafah, onde mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza buscaram refúgio devido aos confrontos entre o Exército israelense e o grupo terrorista Hamas em outras regiões do território palestino. Israel vinha prometendo expandir sua ofensiva para Rafah há meses, alegando que se trata da última fortaleza do Hamas em Gaza. Essa possível operação militar tem enfrentado resistência dos principais aliados ocidentais de Israel, como Estados Unidos e Reino Unido.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a guerra já ceifou a vida de mais de 34 mil civis palestinos. A situação humanitária em Gaza é crítica, com cerca de 80% da população deslocada de suas casas, e especialistas alertam para um iminente cenário de fome no território costeiro sitiado. Paralelamente, a região tem sido palco de crescentes tensões entre Irã e Israel nos últimos dias.
Na Cisjordânia, as tensões também se intensificaram, com soldados israelenses matando dois palestinos que teriam atacado um posto de controle com uma faca e uma arma perto da cidade de Hebron, no sul da região, no domingo, 21. O Ministério da Saúde palestino confirmou que as vítimas, de 18 e 19 anos, pertenciam à mesma família. Não houve feridos entre as forças israelenses.
O conflito na Faixa de Gaza teve início após um ataque terrorista do Hamas que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas em Israel e no sequestro de mais de 240 israelenses, sendo considerado o maior ataque terrorista da história de Israel.
No campo político, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou um pacote legislativo de ajuda econômica no valor de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan. Esse pacote, que agora segue para o Senado, inclui US$ 26 bilhões destinados a Israel, além de prever ajuda humanitária para os cidadãos de Gaza, entre outros aspectos. O presidente Joe Biden já manifestou seu compromisso em assinar o pacote.
Esses acontecimentos refletem um cenário de crescente tensão e violência na região, com as populações civis sendo as principais vítimas desses confrontos e da desestabilização política que acomete a região do Oriente Médio. A situação exige atenção e intervenção da comunidade internacional para buscar soluções que garantam a segurança e a paz na região.
