Cansaço provocado por videochamadas: estudo revela que autovisualização na tela potencializa fadiga do Zoom.

Desde o início da pandemia de Covid-19, as reuniões virtuais e interações por meio de telas se tornaram cada vez mais comuns. No entanto, esse aumento na frequência de videochamadas e conferências virtuais trouxe consigo um novo problema social: a fadiga causada por essas atividades.

Especialistas têm denominado esse fenômeno como “fadiga do Zoom”, em referência a um dos programas mais utilizados para videoconferências. Um estudo realizado por acadêmicos da Universidade de Galway, na Irlanda, confirmou essa tendência e descobriu que as pessoas que participam dessas reuniões ficam ainda mais cansadas quando conseguem ver a si mesmas na tela.

O estudo, conduzido pelo professor Eoin Whelan, da Escola de Negócios e Economia, envolveu o monitoramento eletroencefalográfico (EEG) de 32 voluntários durante uma reunião Zoom ao vivo, com e sem autovisualização ativada. Os resultados apontaram que os níveis de fadiga eram significativamente maiores nos momentos em que os participantes podiam ver a própria imagem.

Inicialmente, acreditava-se que as mulheres experimentavam mais fadiga do Zoom do que os homens, devido à maior autoconsciência em relação à própria aparência. No entanto, a pesquisa da Universidade de Galway não encontrou diferenças significativas no nível de fadiga neurofisiológica entre homens e mulheres.

Essas descobertas foram celebradas como fundamentais para estabelecer práticas que visem a proteger o bem-estar dos funcionários na era do trabalho híbrido e remoto. Conforme afirmado por Whelan, simplesmente desligar a imagem espelhada durante videochamadas pode ajudar a reduzir a sensação de cansaço. Portanto, é importante estar ciente desse novo fenômeno e adotar estratégias para lidar com a fadiga causada pelas videoconferências.

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