O magnata de 77 anos enfrenta 34 crimes de fraude e, ao final do julgamento de seis semanas, o júri composto por doze membros terá que dar um veredicto unânime que definirá o futuro político de Trump. A sessão do tribunal, que inicialmente estava prevista para acontecer apenas pela manhã devido à Páscoa judaica, foi estendida até às 12h30 locais devido a uma consulta de um dos jurados com o dentista.
O ex-presidente republicano classificou o julgamento como uma “interferência eleitoral” e afirmou que é um “dia triste para os Estados Unidos”. Se considerado culpado, Trump poderá enfrentar até quatro anos de prisão e até mesmo ser privado do direito de voto. Além disso, se ele vencer as eleições de novembro contra o atual presidente Joe Biden, poderá se tornar o primeiro mandatário a governar da prisão.
O julgamento, segundo o ex-procurador Bennett Gershman, pode ser o mais extraordinário da história dos Estados Unidos, com consequências potencialmente infinitas para Trump. Os promotores esperam demonstrar que o ex-presidente orquestrou ou autorizou o pagamento a Stormy Daniels, assim como outros acordos para encobrir escândalos semelhantes.
Ao longo do julgamento, a acusação planeja chamar ex-colaboradores de Trump para testemunhar, incluindo David Pecker, ex-presidente da editora do National Enquirer. Trump, que se considera vítima de uma “caça às bruxas”, tem manifestado sua insatisfação com a situação e alega que o processo é uma “farsa”.
Diante da gravidade das acusações e da importância do julgamento, a decisão do júri terá um impacto profundo no futuro político e legal de Donald Trump. Este é um capítulo crucial na tumultuada carreira do ex-presidente e pode redefinir sua trajetória política nos Estados Unidos.