Onda de calor na Europa provoca prejuízos bilionários e atinge mais de dois milhões de pessoas, revelam dados climáticos.

Em 2023, a Europa enfrentou um fenômeno climático recorde que resultou em um número sem precedentes de dias com “estresse térmico extremo”, atingindo sensações térmicas superiores a 46°C. Os dados foram divulgados por importantes observatórios climáticos, como o Copernicus e a Organização Meteorológica Mundial (OMM), e apontam prejuízos de bilhões de dólares e mais de dois milhões de pessoas impactadas.

A cientista climática Rebecca Emerton, do observatório Copernicus, ressaltou que houve um crescimento contínuo no número de dias com “estresse térmico” em toda a Europa, e 2023 não foi uma exceção. Esse cenário preocupante levou à utilização do Índice Climático Térmico Universal para mensurar os impactos do ambiente no corpo humano, levando em conta fatores como umidade, velocidade do vento, luz solar e calor emitido.

O verão prolongado vivenciado na Europa entre junho e setembro de 2023 trouxe ondas de calor intensas, afetando a população de forma significativa. Registros apontam que 13% do território europeu chegou a experimentar “estresse térmico” em 23 de julho, principalmente nos países do sul.

Os cientistas alertam para um aumento da mortalidade devido a ondas de calor extremas como as ocorridas em 2023, com uma influência mais forte nas cidades. O relatório destaca que as ondas de calor serão mais longas e intensas no futuro devido ao aquecimento global causado pelas emissões de gases do efeito estufa.

Além disso, 2023 foi um dos anos mais chuvosos da Europa, resultando em inundações que afetaram milhões de pessoas e causaram um alto custo econômico, principalmente associado às inundações. As tempestades também impactaram centenas de milhares de pessoas. Os eventos extremos têm provocado graves consequências para a saúde pública e exigem a adoção de medidas urgentes para lidar com o cenário climático em evolução.

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