Lula propõe estratégia internacional contra extrema-direita: convoca presidentes democratas para encontro na ONU em Nova York

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está se movimentando para propor uma estratégia internacional de combate ao crescimento dos movimentos de extrema-direita no mundo. A intenção do ex-presidente é organizar um evento com “presidentes democratas” durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontecerá em setembro em Nova York.

Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula ressaltou a importância de os setores de esquerda, progressistas e democráticos se organizarem e se prepararem para enfrentar os desafios atuais. Ele revelou que já conversou sobre a proposta com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.

O ex-presidente citou casos de violência e intolerância no Brasil, destacando que o ódio tornou-se algo comum no país. Ele comparou essa realidade com o que acontece em nações da Europa e nos Estados Unidos, onde movimentos extremistas têm ganhado força.

Lula também mencionou o episódio da invasão ao Capitólio nos Estados Unidos, em janeiro de 2021, como uma afronta à democracia. Ele enfatizou a importância das instituições democráticas e o papel crucial que desempenham na manutenção da ordem democrática.

Além disso, o ex-presidente destacou a mudança de cenário político na América do Sul, ressaltando que alguns países da região têm retrocedido com governos de extrema-direita. Ele enfatizou a importância de fortalecer a democracia e combater o crescimento da xenofobia e do racismo.

Lula aproveita o momento de “otimismo nas relações diplomáticas” para promover uma discussão política aprofundada sobre esses movimentos e como combatê-los. Ele ressaltou a expectativa em relação ao Brasil e ao simbolismo do retorno da democracia no país, destacando sua presença em fóruns internacionais desde o início de seu terceiro mandato.

No campo das relações internacionais, Lula também mencionou a aproximação do Brasil com países da América do Sul, como a Argentina. Ele falou sobre uma carta recebida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enviada pelo presidente argentino, Javier Milei, indicando um possível interesse em cortar relações com o Brasil. Ainda não houve um encontro entre Lula e Milei, mas Vieira e a chanceler argentina, Diana Mondino, discutiram temas de cooperação bilateral durante um encontro na semana anterior.

Enfrentar o avanço da extrema-direita e reforçar os laços de cooperação na América do Sul e em nível internacional são prioridades para o presidente Lula, que busca promover uma ampla discussão sobre esses temas em fóruns internacionais.

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