Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula ressaltou a importância de os setores de esquerda, progressistas e democráticos se organizarem e se prepararem para o atual cenário político. Ele mencionou que já conversou sobre a iniciativa com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.
O ex-presidente demonstrou preocupação com a onda crescente de violência e intolerância, citando casos no Brasil e em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos, onde a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021 chocou o país e abalou as estruturas democráticas.
Lula destacou a importância de manter as instituições democráticas fortes, mesmo com seus defeitos, e lamentou o retrocesso observado em países da América do Sul, onde governos de viés autoritário têm avançado.
Além disso, o presidente ressaltou a necessidade de promover uma discussão política abrangente para enfrentar esses movimentos e fortalecer a democracia. Ele reconheceu que é considerado “persona non grata” pela extrema-direita global, mas enfatizou o papel do Brasil nesse contexto.
Em relação às relações com a Argentina e o presidente de extrema-direita Javier Milei, Lula informou que o chanceler argentino enviou uma carta ao Brasil, mas ainda não teve acesso ao conteúdo da mensagem. Ele expressou interesse em fortalecer os laços entre os países sul-americanos e promover a integração regional.
Assim, Lula está empenhado em liderar uma frente internacional contra os movimentos de extrema-direita e em fortalecer os laços democráticos entre os países, destacando o papel do Brasil nesse contexto global.
