O Acampamento Terra Livre deste ano ocorre de 22 a 26 de abril e traz como lema “Nosso marco é ancestral, sempre estivemos aqui”. O principal objetivo da mobilização é reiterar a luta contra o marco temporal, uma tese jurídica que limita os direitos territoriais dos povos indígenas. Segundo essa tese, os indígenas só teriam direito a terras que estavam ocupadas por eles até a data da promulgação da Constituição Federal, em 1988.
Apesar do Supremo Tribunal Federal ter declarado a inconstitucionalidade do marco temporal, o Congresso Nacional aprovou uma lei validando a medida. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a lei, porém o veto foi derrubado por deputados e senadores. Agora, a expectativa das organizações indígenas é que o STF reafirme a inconstitucionalidade da medida.
Durante a projeção de imagens, diversas frases foram exibidas no Congresso Nacional, como “O futuro é ancestral”, “O futuro indígena é hoje” e “Mulherizar, indigenizar e oncificar”. Essas mensagens buscavam sensibilizar a sociedade sobre a importância da luta indígena e a preservação cultural desses povos.
A manifestação contou com a presença de diversos apoiadores das causas indígenas e recebeu ampla repercussão nas redes sociais. A diversidade de etnias representadas no Acampamento Terra Livre demonstra a união e resistência dos povos originários perante as ameaças aos seus direitos históricos. A valorização da ancestralidade e a defesa dos territórios tradicionais são fundamentais para garantir a sobrevivência e o bem-estar das comunidades indígenas no Brasil.
