O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), demonstrou perplexidade com os valores apresentados, afirmando que sua experiência na construção de unidades hospitalares o permite avaliar que o montante é absurdo. Aziz ressaltou que a gestão municipal deveria focar na atenção básica à saúde, enquanto a média e alta complexidade não seriam responsabilidade da prefeitura. Além disso, o senador criticou a falta de transparência nos documentos relacionados à ação da Braskem em Maceió e a atuação dos órgãos fiscalizadores.
A situação também foi questionada pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) que, com base em sua experiência como médico e ex-secretário de saúde, considerou os valores informados como superfaturados. Ele ressaltou a importância de averiguar as instalações do hospital adquirido e chamou a atenção para a falta de consulta à comunidade afetada pelo desastre ambiental antes da decisão de compra do empreendimento.
Durante a sessão, o relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), solicitou esclarecimentos sobre a destinação dos recursos da indenização da Braskem e questionou a falta de consulta à população de Maceió antes da aquisição do hospital. Rogério também pediu informações sobre as perdas de arrecadação pelo município e a situação do cemitério Santo Antônio, fechado devido ao afundamento do solo.
Diante dos questionamentos e da necessidade de mais informações, o procurador-geral se comprometeu em enviar os documentos e detalhamentos solicitados pelos senadores à comissão. A compra do hospital e a aplicação dos recursos da indenização da Braskem continuam sendo alvo de investigações e debates na CPI da Braskem, que aprovou o senador Dr. Hiran (PP-RR) como novo vice-presidente durante a reunião.