Um dos pontos de destaque no relatório é o impacto das ações policiais truculentas na população. Somente no período de julho a setembro de 2023, 394 pessoas foram mortas durante operações policiais na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A situação se torna ainda mais grave quando consideramos que esse número pode ser ainda maior. A conduta dos policiais durante as operações Escudo e Verão, que tinham o objetivo de apurar denúncias de violações de direitos humanos, foi questionada diversas vezes por organizações da sociedade civil, como a Human Rights Watch e o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).
Além da violência policial, as mortes de crianças e adolescentes em decorrência de ações policiais foram citadas no relatório. Casos como o de Thiago Menezes, de 13 anos, morto ilegalmente pela polícia, e de Eloah Passos, de 5 anos, atingida por uma bala perdida enquanto brincava em casa, são lembrados como exemplos do impacto da violência policial na vida da população mais vulnerável.
A questão da impunidade também preocupa, com casos de uso ilegal da força pela polícia que não são investigados de forma eficaz. O relatório destaca situações como o desaparecimento forçado de Davi Fiuza em Salvador, em 2014, e o assassinato do ativista Pedro Henrique Cruz em Tucano, também na Bahia, em 2018, cujos responsáveis ainda não foram levados a julgamento.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que as autoridades competentes tomem medidas efetivas para combater a violência policial e garantir a proteção dos direitos humanos de todos os cidadãos brasileiros. A transparência, a responsabilização dos responsáveis e a implementação de políticas públicas que promovam a segurança e o respeito aos direitos fundamentais são passos essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.