STF mantém decisão de suspender desoneração de impostos sobre folha de pagamento até 2027 em julgamento virtual.

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a referendar a decisão individual do ministro Cristiano Zanin que derrubou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027. Com cinco votos favoráveis até o momento, a Corte iniciou o julgamento em plenário virtual nesta sexta-feira (26) para analisar a validade da liminar concedida por Zanin.

Os votos favoráveis à manutenção da decisão foram proferidos pelos ministros Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Edson Fachin, além do próprio ministro Zanin. No entanto, o julgamento foi suspenso devido a um pedido de vista do ministro Luiz Fux, não havendo previsão para a retomada.

A ação que motivou a liminar foi protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU), órgão responsável por representar o governo federal no âmbito judicial. A AGU argumentou que a prorrogação da desoneração até 2027 pelo Congresso não considerou o impacto financeiro da renúncia fiscal, gerando um desequilíbrio nas contas públicas.

Além disso, a AGU contestou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que invalidou parte da Medida Provisória 1.202/2023, a qual revogava a desoneração previdenciária para pequenas e médias prefeituras. Diante dos argumentos apresentados pela AGU, Zanin concordou que a desoneração aprovada pelo Congresso não levou em conta o impacto nas contas públicas.

Diante desse cenário, o Senado recorreu da decisão de Zanin e solicitou a reconsideração da liminar. Com o impasse gerado, cabe ao STF decidir se a suspensão da desoneração será mantida ou revogada, levando em consideração os argumentos apresentados pelas partes envolvidas. A decisão final do Supremo terá impacto direto na política fiscal do país e nas contas públicas.

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