Um estudo recente publicado na revista Animal-Human Interactions demonstrou que o impacto emocional de perder um animal de estimação é comparável à perda de um ente querido. Os pesquisadores entrevistaram tutores cujos cães foram roubados e observaram a profunda dor e sofrimento que eles passaram.
Para muitos participantes do estudo, a perda do animal de estimação foi mais devastadora do que a morte de um amigo ou parente, evidenciando a profundidade do vínculo humano-animal. A psicóloga Akaanksha Venkatramanan, da Berkshire Healthcare NHS Foundation Trust, afirmou que esse estudo reforça a necessidade de apoio psicológico e jurídico para os tutores que enfrentam o luto pela perda de seus animais.
Os relatos dos participantes apontaram sentimentos como tristeza, desespero, dor e ansiedade, que são similares às reações diante da perda de entes queridos. No entanto, a sociedade muitas vezes não compreende a intensidade do vínculo entre humanos e animais de estimação, o que dificulta o suporte oferecido às vítimas.
Além disso, a legislação contra o roubo de animais não costuma considerar a extensão do sofrimento dos tutores, tratando os animais como propriedade. Isso ressalta a necessidade de uma mudança nas leis para proteger melhor os tutores e punir os criminosos que roubam animais de estimação.
Estudos mostram que a presença de animais de estimação pode melhorar a saúde física e mental das pessoas, reduzindo a solidão e o estresse. Durante a pandemia de Covid-19, os cães foram fundamentais para ajudar as pessoas a lidar com o isolamento social, proporcionando companhia e incentivando a prática de exercícios físicos.
Diante desse cenário, espera-se que pesquisas e evidências como essas inspirem mudanças na legislação e nos protocolos de aplicação da lei, a fim de proteger os animais de estimação e garantir que os tutores recebam o apoio necessário em casos de roubo ou extravio de seus pets.