Segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, que foi citado no relatório anual, há países que relutam em ratificar ou aderir à Convenção de Haia, e outros que, mesmo sendo signatários do tratado, não cumprem com seus compromissos.
Entre os 16 países listados no relatório, o Brasil liderava a lista na América Latina até o final de 2023, com 21 casos de retenção ilegal de crianças por um dos pais, em relação aos Estados Unidos. O documento aponta que, em 2023, duas crianças retornaram aos EUA vindo do Brasil, porém houve atrasos por parte das autoridades judiciais brasileiras no processamento de alguns casos.
Além do Brasil, a Argentina também estava na lista com dois casos pendentes, sendo um deles o mais longo envolvendo o Departamento de Estado em todo o mundo, com 13 anos e seis meses sem resolução. O Equador registrava dois casos em 2023, preocupando os EUA devido à dissolução do Congresso, que impediu a votação de reformas no código de menores.
Honduras apresentava dois casos, com esforços consideráveis por parte do governo de Joe Biden para solucionar problemas sistêmicos. Já o Peru tinha sete casos em aberto, sendo criticado pelos Estados Unidos por não revisar seus procedimentos para se adequar à Convenção de Haia.
De maneira geral, quando um pai solicita o retorno ou direito de visita de uma criança com base na Convenção de Haia, a informação é transmitida à autoridade do país onde se acredita que o menor está. Caso não haja acordo entre os pais, o caso é levado à Justiça.
A Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis da Subtração Internacional de Menores visa estabelecer um mecanismo civil para a restituição de crianças que foram transferidas ou retidas fora de seu local de residência habitual de maneira ilegal.