A divulgação dos nomes dos participantes da etapa final da premiação ocorreu nesta terça-feira (03).
No total, foram inscritas seis fotos, retratando os danos do garimpo ilegal no bioma amazônico e a emergência de saúde da população indígena yanomami. A Agência Brasil enviou uma equipe composta pelo fotógrafo Fernando Frazão, os repórteres Pedro Rafael Vilela e Vitor Abdala e a fotógrafa Rovena Rosa, para realizar a cobertura.
A equipe viajou para Boa Vista, capital do Estado de Roraima, onde percorreram os hospitais que estavam prestando atendimento aos indígenas removidos. Durante a viagem, conversaram com médicos, pacientes, tradutores, lideranças da etnia yanomami, representantes de ONGs, militares e órgãos governamentais. Após alguns dias, conseguiram embarcar em um voo de 1h30min para Surucucu, onde está localizado o principal polo de saúde indígena do território Yanomami. Durante a estadia em Surucucu, documentaram o atendimento aos yanomami vindos de diversas aldeias, registrando os desafios enfrentados por pessoas como o idoso Sarney Yanomami, que estava recebendo soro na veia e sofria com a infecção por malária e desnutrição.
Durante toda a cobertura, que durou 12 dias, Frazão buscou o consentimento dos yanomami para registrar suas imagens. Em respeito aos indígenas, diversas vezes foi necessário deixar de captar cenas. O fotógrafo também sobrevoou a floresta com a Força Aérea Brasileira, registrando os rios tingidos pela contaminação do garimpo, a entrega de suprimentos e as clareiras causadas pela devastação ilegal.
O resultado da premiação será decidido pela comissão organizadora do prêmio em uma sessão pública de julgamento, que está marcada para o dia 10 de outubro, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Além do trabalho de Frazão, concorrem na mesma categoria Márcia Foletto, do jornal O Globo, e Yan Boechat, do jornalismo da Band.