Hamas invade cidades israelenses, toma reféns e enfrenta tropas em ofensiva surpresa, afirma porta-voz militar

O grupo Hamas lançou uma ofensiva surpresa contra Israel neste sábado, invadindo pelo menos 22 cidades israelenses e tomando soldados e civis como reféns. De acordo com o porta-voz militar do país, contra-almirante Daniel Hagari, os militantes permanecem nos locais ocupados. O porta-voz do Exército de Israel, Richard Hecht, também confirmou a presença de “centenas” de combatentes do Hamas infiltrados no país, que continuam a enfrentar as tropas israelenses.

Moradores das cidades fronteiriças relataram que homens armados estão se movendo de porta em porta, procurando civis. Tanto o Hamas quanto a Jihad Islâmica emitiram declarações confirmando que mantêm israelenses como reféns. As informações são corroboradas por um vídeo autenticado pelo New York Times, que mostra moradores sendo levados por combatentes do Hamas no kibutz Be’eri, a apenas 5 km da fronteira com Gaza.

Segundo relatos da imprensa israelense, até 50 reféns estão sendo mantidos em um refeitório em Be’eri. O contra-almirante Hagari confirmou que essa é uma das duas situações de reféns em andamento dentro de Israel. Um vídeo postado no Telegram também mostra militantes armados assumindo posições fora de prédios em Be’eri.

Um alto funcionário da ONU e um diplomata familiarizado com o assunto confirmaram a presença de reféns civis e militares israelenses dentro da Faixa de Gaza. O porta-voz do Hamas, Abu Obeida, afirmou que o grupo militante escondeu “dezenas de reféns” em locais seguros e túneis de resistência.

O governo israelense já pagou um alto preço no passado pelo retorno de seus cidadãos ou dos restos mortais de soldados em acordos de troca de prisioneiros. Em 2006, o soldado israelense Gilad Shalit foi mantido como refém pelo Hamas por cinco anos, até ser trocado por mais de mil prisioneiros palestinos. O grupo também mantém os restos mortais de dois soldados israelenses mortos na guerra de 2014, além de outros dois cidadãos israelenses que foram levados pelo Hamas e continuam desaparecidos.

A situação é extremamente preocupante e coloca em risco a vida de civis e soldados israelenses. O governo de Israel deve tomar medidas urgentes para garantir a segurança de seus cidadãos e buscar a libertação dos reféns. A comunidade internacional também deve se envolver e pressionar o Hamas a encerrar essa ofensiva e libertar todos os reféns. A escalada da violência só trará mais mortes e sofrimento para ambos os lados do conflito. Fica evidente a necessidade de um diálogo entre israelenses e palestinos para encontrar uma solução pacífica e duradoura para o conflito.

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