O Ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, tinha proibido as “manifestações pró-palestinas” em todo o país, argumentando que elas poderiam provocar distúrbios públicos após o ataque do Hamas em Israel no último sábado. Mesmo assim, manifestantes lotaram as ruas de Paris, gritando palavras de ordem como “Palestina vencerá” e “Israel assassino” e agitando bandeiras palestinas. Além disso, a frase “Free Palestine” (Palestina Livre) foi pintada no monumento da Praça da República.
A manifestação em Paris não foi um caso isolado. Desde quarta-feira à noite, várias cidades francesas, como Rennes, Nimes, Toulouse e Lille, também registraram concentrações em apoio aos palestinos. Diversas associações tentaram anular a proibição, porém, o tribunal administrativo de Paris decidiu na quinta-feira manter a proibição, temendo que a violência em Israel “seja exportada” para a França, que abriga a maior comunidade judaica da Europa.
O conflito entre Israel e o Hamas tem gerado grande preocupação em todo o mundo. No último sábado, centenas de combatentes do Hamas cruzaram a fronteira israelense a partir da Faixa de Gaza e promoveram ataques violentos, resultando na morte de cerca de 1.200 civis. Além disso, o grupo islamista também capturou cerca de 150 reféns israelenses, incluindo estrangeiros, e ameaçou matá-los.
Israel tem respondido aos ataques com uma ofensiva militar, realizando ataques aéreos e de artilharia contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. Esses ataques já causaram a morte de mais de 1.400 pessoas, a maioria delas civis. A situação na Faixa de Gaza é preocupante, já que o local abriga 2,3 milhões de pessoas em condições precárias.
A ONU também se pronunciou sobre a crise, pedindo uma trégua imediata entre as partes e solicitando um apoio financeiro de US$ 294 milhões para cobrir as necessidades humanitárias em Gaza e na Cisjordânia.
Enquanto o conflito continua, as manifestações de apoio aos palestinos em diferentes partes do mundo mostram a preocupação global com a situação e a busca por uma solução pacífica para o conflito entre Israel e o Hamas.
