Governo federal não descarta ampliar operações de segurança em portos e aeroportos de outros estados, além de São Paulo e Rio de Janeiro.

O governo federal está considerando a possibilidade de estender as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para outros estados, além de São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com o decreto anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (1º), no Palácio do Planalto. O ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, revelou que, caso seja necessário, mais aeroportos e portos serão incorporados às operações.

A GLO decretada pelo governo está restrita a áreas sob controle federal, englobando o aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos, em São Paulo, e o aeroporto do Galeão e os portos de Itaguaí e da cidade do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que as operações não estão acontecendo em bairros, ruas e comunidades, conforme enfatizou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino.

Dino também destacou que as ações das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança não interferem no trabalho das forças de segurança estaduais. O governo não pretende substituir as polícias estaduais.

Além da GLO em três portos e dois aeroportos, o governo anunciou medidas de maior fiscalização nas fronteiras dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, incluindo o Lago de Itaipu. Nessas áreas, não é necessária a decretação de GLO para a atuação das Forças Armadas. Estima-se que 3,7 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica serão mobilizados.

Segundo o governo, a intensificação da vigilância e inteligência nos aeroportos, portos e fronteiras é necessária para atacar a logística das facções criminosas, investigar a circulação de capital e lavagem de dinheiro, além de recuperar ativos.

No dia 10 de janeiro, o ministro Flávio Dino terá uma reunião em Manaus com os governadores do Norte para discutir ações de combate ao crime organizado na região. As medidas anunciadas hoje já estavam em discussão há quatro meses, de acordo com Dino.

O governo nega a possibilidade de criar uma pasta exclusiva para a segurança pública, desdobrando o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. A questão não está em pauta, assegurou Rui Costa.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo