A legislação teve origem no Projeto de Lei (PL) 641/2015, proposto pelo ex-senador Donizeti Nogueira e aprovado pelo Senado em maio de 2019 pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), com relatoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).
Bernardo Sayão Carvalho Araújo foi um engenheiro agrônomo designado em 1958 pelo então presidente Juscelino Kubitschek para construir a ligação entre Brasília e o Norte do país. Sua contribuição para a construção de Brasília, assim como sua atuação como vice-governador do estado de Goiás, o tornaram uma figura de destaque na história do país.
O autor da proposta, Donizeti Nogueira, afirmou que o projeto busca restabelecer o nome de Bernardo Sayão à rodovia em que ele dedicou sua vida e na qual ocorreu sua morte. O decreto de 1960 que nomeava a rodovia em sua homenagem havia sido revogado em 1991.
As circunstâncias exatas da morte de Sayão ainda são motivo de debate, mas é sabido que em 1959 ele foi atingido por um galho de árvore enquanto inspecionava projetos numa barraca de campanha próximo a Ulianópolis, no Pará. Apesar de ter sido resgatado com vida, Sayão faleceu a caminho do atendimento médico.
A sanção da lei pelo presidente Lula visa unir trechos de diferentes rodovias federais para restabelecer a unidade do traçado original da Rodovia Belém-Brasília, ao mesmo tempo em que presta homenagem ao legado de Bernardo Sayão. Este projeto, portanto, não apenas reconhece a importância histórica do engenheiro, mas também busca preservar sua memória e contribuições para a integração do país por meio das rodovias.
