Cidadão russo é libertado pelo Hamas após acordo com Israel, possível intervenção de Putin gera repercussão internacional.

Um cidadão russo, conhecido como Roni Krivoy, foi libertado pelo grupo palestino Hamas neste domingo. Krivoy, de 25 anos, trabalhava como técnico de som em um festival de música que foi atacado pelo grupo em outubro. Ele estava entre os 17 reféns que foram libertados, no terceiro grupo de libertações desde o acordo entre Israel e Hamas fechado na semana passada. A libertação de Krivoy pode ter tido a participação direta do presidente russo Vladimir Putin.

O festival de música onde Krivoy trabalhava foi palco de um grande massacre no mês passado, com 360 mortos, quase um terço das vítimas dos ataques. O sequestro de Krivoy gerou comoção em sua comunidade local, em Israel, com sua família pedindo seu retorno imediato. Após o anúncio do acordo para a libertação de 50 reféns, foi estipulado que apenas mulheres e crianças seriam soltos neste momento, o que deixou os familiares de Krivoy apreensivos.

No entanto, o surgimento de outros cidadãos estrangeiros na lista de reféns libertados trouxe alguma esperança. Na sexta-feira, dez tailandeses e um filipino foram soltos, mesmo não constando na lista de 13 reféns a serem libertados por dia. Neste domingo, o nome de Krivoy surgiu, ao lado de outros reféns israelenses e tailandeses.

Segundo o Hamas, a sua libertação aconteceu como resposta aos esforços do presidente russo Vladimir Putin e em reconhecimento da posição russa em apoio à causa palestina. A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou que a libertação foi resultado do trabalho da diplomacia do país.

A relação entre a Rússia e o Hamas é antiga e as relações entre os dois têm se intensificado nos últimos anos, especialmente desde o início da guerra na Ucrânia em 2022. Putin levou dias para condenar os ataques do Hamas em outubro e foi criticado por isso. A visita de representantes do Hamas à Moscou gerou polêmica e críticas de autoridades israelenses e americanas. Além disso, a Rússia foi acusada de fornecer armas capturadas no território ucraniano ao grupo palestino. As alegações, no entanto, não foram corroboradas por outros países e foram refutadas por Moscou.

A libertação de Krivoy foi celebrada por suas familiares e pela diplomacia russa, que confirmou que irá prestar assistência ao cidadão russo. Este foi o primeiro homem adulto a ser libertado desde o início da guerra em outubro e estima-se que ainda haja mais um refém russo em poder do Hamas. A relação entre a Rússia e o Hamas continua a ser monitorada de perto, à medida que o conflito entre a Ucrânia e Rússia permanece no centro das atenções internacionais.

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