Ministra do Meio Ambiente Marina Silva defende lisura de ONGs no uso de recursos do Fundo Amazônia durante audiência da CPI das ONGs

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende lisura e legitimidade das ONGs na CPI das ONGs

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou de uma audiência da CPI das ONGs e demonstrou confiança na transparência e no uso correto dos recursos do Fundo Amazônia por organizações não governamentais e da sociedade civil de interesse público. Durante a audiência, vários senadores questionaram a ministra sobre o uso dos recursos por parte das ONGs e os resultados efetivos alcançados por elas na região da Amazônia.

A ministra esclareceu que o Fundo Amazônia é composto por recursos privados que atualmente totalizam cerca de R$ 3 bilhões. Segundo ela, existem projetos auditados pelo Tribunal de Contas da União que comprovam a legitimidade e a relevância do trabalho das entidades na região. Ela também ressaltou que os recursos do Fundo Amazônia são utilizados de forma transparente e podem ser auditados por diversas entidades, como o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União.

No entanto, o relator da CPI, senador Marcio Bittar, apresentou dados que sugerem que algumas ONGs captaram quantias significativas de recursos do Fundo Amazônia nos últimos anos, levantando dúvidas sobre a eficácia de seus projetos e o uso dos recursos. Ele questionou a ministra sobre quais projetos trouxeram resultados efetivos para a população amazônida e se havia fiscalização do Ministério do Meio Ambiente em relação a esses projetos.

Marina Silva enfatizou a importância do Fundo Amazônia e a relevância internacional do Brasil em relação às políticas públicas que visam combater o desmatamento e proteger a Amazônia. Ela destacou que o Brasil conseguiu evitar a emissão de 133 milhões de toneladas de CO², o que credencia o país a buscar medidas e recursos dos países desenvolvidos para preservar os ecossistemas e equilibrar o planeta.

Além disso, a ministra refutou qualquer suspeição sobre suas antigas ligações com organizações não governamentais e ressaltou a importância do comprometimento com o serviço público. Ela argumentou que é possível promover o desenvolvimento sustentável sem comprometer o emprego e o processo produtivo.

Durante a audiência, o presidente da CPI, senador Plínio Valério, exibiu vídeos que apontavam o abandono e a falta de assistência aos povos indígenas na Amazônia, assim como a dificuldade de acesso a transporte nas estradas da região. Ele questionou se vale a pena salvar a humanidade do futuro e condenar as comunidades da região à morte.

Em resposta, a ministra ressaltou que o custo da vida humana deve ser sempre respeitado e defendeu a proposta do atual governo de promover o desenvolvimento sustentável sem sacrificar os recursos naturais. Ela também abordou a situação da reserva ianomâmi, que foi tomada pela atividade garimpeira nos últimos anos, comprometendo a subsistência da população indígena.

Ao longo da audiência, Marina Silva defendeu a importância do Fundo Amazônia e do compromisso do Brasil com a preservação da Amazônia, enfatizando a importância de políticas públicas e ações efetivas para garantir a proteção da região. Ela argumentou que o Brasil tem o dever de buscar medidas e recursos para preservar os ecossistemas da Amazônia e equilibrar o planeta, e que é possível promover o desenvolvimento sustentável sem prejudicar o emprego e o processo produtivo.

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