Aos 53 anos, Milei já se definiu como católico e crente em Deus, mas seu atual estudo da Torá e suas frequentes consultas a um rabino sefardita demonstram uma nova abertura espiritual. Ele mesmo afirmou que busca compreender a situação de uma maneira mais profunda, ressaltando a atração que sente pela dialética do Talmud como uma forma de analisar as coisas.
Em uma entrevista ao jornal El País, o presidente eleito revelou que seu rabino o ajudou a entender a Torá do ponto de vista da análise econômica, mostrando como suas crenças espirituais dialogam com suas convicções ideológicas. No entanto, ele admitiu as dificuldades que uma eventual conversão ao judaísmo traria em caso de vencer as eleições presidenciais.
O interesse de Milei pela espiritualidade judaica não passou despercebido, e rumores sobre sua possível conversão começaram a circular. No entanto, um religioso próximo a ele descartou essa possibilidade e afirmou que o estudo da Torá é puramente espiritual, sem intenção de levar à conversão.
Além de suas inclinações espirituais, Milei quer fortalecer os laços com Israel, acentuando sua disposição em mudar a sede da embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém. No entanto, essa questão pode gerar polêmica, já que a Argentina é um país majoritariamente católico, e exacerbar o tema de Israel pode causar temor em uma comunidade tradicionalmente tranquila.
Apesar de ter expressado duras críticas ao papa Francisco no passado, Milei recentemente se reconciliou com o líder espiritual e o convidou a visitar a Argentina. A abertura e a curiosidade de Milei em relação à espiritualidade judaica contrastam com sua postura política ultraliberal, demonstrando a complexidade e a diversidade de suas crenças e convicções. Este enredo intrigante mostra como a trajetória de Milei entre o catolicismo e o judaísmo continua a surpreender e despertar curiosidade.
