Reunião entre Lula e presidente da Guiana na COP-28 é adiada devido a ameaça de invasão da Venezuela.

A reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, que estava prevista para acontecer nesta sexta-feira às margens da COP-28, em Dubai, foi adiada. Segundo informações da diplomacia brasileira, há a possibilidade de que o encontro ocorra no sábado, visto que a comitiva do Brasil ainda estará presente na conferência do clima. A intenção da conversa era discutir a ameaça da Venezuela de invadir e anexar dois terços do território de Essequibo, região reivindicada pela ex-colônia britânica.

No entanto, nessa mesma sexta-feira, a Corte Internacional de Justiça de Haia emitiu uma determinação proibindo a Venezuela de empreender qualquer ação agressiva contra a região fronteiriça de Essequibo, que é contestada por Caracas como parte de seu território. Essa medida foi concedida como uma resposta ao pedido da Guiana, que administra a região há décadas, reconhecendo que as recentes ações e anúncios feitos pelo governo de Nicolás Maduro representam um risco urgente na região.

Essa decisão da corte internacional acontece às vésperas de um referendo polêmico sobre a questão do território de Essequibo. Com isso, as tensões entre Venezuela e Guiana continuam pautando as relações diplomáticas na América Latina.

Além disso, a situação na região também está sendo acompanhada de perto pelas demais nações sul-americanas, que temem que um conflito na fronteira entre Venezuela e Guiana possa desencadear uma crise regional. A preocupação maior é que a disputa pela região de Essequibo possa desencadear um conflito armado na região.

Com este cenário geopolítico delicado, a comunidade internacional acompanha atentamente qualquer movimento e pronunciamento tanto da Venezuela quanto da Guiana, uma vez que qualquer tensão entre as duas nações pode ter repercussões significativas para a estabilidade da América Latina.

Assim, a reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Guiana, que busca discutir este tema sensível, ganha ainda mais importância e atenção da comunidade internacional. A possível realização do encontro no sábado, mesmo com o adiamento, sugere que as autoridades brasileiras e da Guiana buscam uma resolução diplomática para a crise atual. A expectativa é pela retomada do diálogo entre os líderes e pela busca de alternativas que garantam a paz e estabilidade na região de Essequibo.

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