A medida do ministro atendeu parcialmente ao pedido do Partido Comunista do Brasil (PcdoB), que questionou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que havia retirado Rodrigues da presidência. Além disso, o partido argumentou que a ação trazia riscos à seleção brasileira Sub 23, com a possibilidade iminente de não inscrição no torneio pré-olímpico, cujo prazo terminava na sexta-feira (5).
Na decisão liminar, Gilmar Mendes destacou o posicionamento da Fifa, entidade máxima que regula o futebol mundial, que não reconheceu como legítimo o interventor indicado pelo TJRJ para a CBF, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O ministro ressaltou ainda o risco de a seleção olímpica masculina perder o Pré-olímpico.
Antes de conceder a liminar, Gilmar Mendes considerou as manifestações da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Advocacia Geral da República (AGU), ambos defendendo a suspensão da decisão do TJRJ que havia retirado Rodrigues do comando da CBF.
Ao concluir o despacho, o ministro ressaltou que a decisão não configura intervenção estatal na CBF e enfatizou a importância de restaurar a efetividade do ato próprio por meio do qual a entidade elegeu seus dirigentes.
A reviravolta no caso de Ednaldo Rodrigues coloca em destaque as complexas questões políticas e jurídicas que envolvem o cenário do futebol brasileiro. Com a liminar concedida pelo STF, a possibilidade de retorno de Rodrigues à presidência da CBF traz novos capítulos a uma história que ainda está longe de chegar ao fim.
