Um acidente trágico chocou os passageiros da Estação Central do Metrô do Recife na tarde desta sexta-feira (12). O idoso identificado como Manoel Francisco dos Santos Filho, de 75 anos, morreu ao cair de uma escada rolante de seis metros. O acidente, que chocou testemunhas, aconteceu por volta das 16h, enquanto a estação continuou seu funcionamento normalmente.
Segundo testemunhas, o idoso teria tentado ultrapassar um carrinho de bebidas que havia travado na escada rolante, quando acabou se desequilibrando e caindo. O corpo de Manoel Francisco ficou isolado no espaço ao lado de uma mochila preta e um par de sandálias por aproximadamente três horas, aguardando a chegada do Instituto de Criminalística (IC) e da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) para realizar a perícia, antes do Instituto de Medicina Legal (IML) recolher o corpo.
Apesar do ocorrido, a escada de onde o idoso caiu não foi interditada, apenas desligada, o que permitiu que os passageiros continuassem a utilizá-la. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel Francisco já estava sem sinais vitais.
De acordo com relatos, um vendedor ambulante teria travado o fluxo de pessoas na escada com um carrinho de bebidas, ocasionando tumulto e aglomeração de pessoas, o que teria levado à queda do idoso. O vendedor foi encaminhado a prestar esclarecimentos na delegacia, mas não deve ser indiciado.
Após o incidente, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo Metrô do Recife, emitiu uma nota, garantindo que os órgãos técnicos foram acionados para acompanhar as investigações, além de que a companhia está adotando todas as providências necessárias para esclarecer as circunstâncias. A empresa também informou que as imagens das câmeras de segurança serão entregues à polícia.
O perito do IC, Alcides Buarque, destacou a gravidade da queda, enfatizando que se tratou de uma morte de natureza acidental e fatal. Já o delegado da Polícia Civil, Paulo Clemente, trouxe detalhes dos momentos que antecederam a queda, reforçando a altura da escada e os acontecimentos que levaram à tragédia.
Questionado sobre a não interdição da escada rolante no momento da perícia, o delegado afastou quaisquer prejuízos ao trabalho, apontando que o local estava preservado para o trabalho dos peritos. Segundo Clemente, a responsabilidade por isolar o local é da Polícia Ferroviária Federal (PFF), que não quis se manifestar a respeito do incidente.
O acidente comoveu os passageiros e chamou a atenção para a segurança nas estações de metrô, levantando questionamentos sobre a fiscalização e prevenção de acidentes tão graves como este.