O novo presidente da Guatemala começa mandato enfrentando obstáculos impostos pela corrupção e por uma frágil democracia.

O novo presidente da Guatemala, o social-democrata Bernardo Arévalo, começou sua gestão na segunda-feira (15) com planos para enfrentar a corrupção no país e transformar sua frágil democracia. Bernardo Arévalo, que é sociólogo e ex-diplomata, tem 65 anos e enfrentou um início conturbado, com a cerimônia de posse adiada em nove horas devido a confusões no Congresso.

Arévalo foi empossado pouco depois da meia-noite e afirmou que os quatro anos de seu mandato serão marcados por muitos “obstáculos”, mas destacou que está ciente das dificuldades e está preparado para enfrentá-las. Ele ressaltou a necessidade de mudança e luta contra a corrupção, que ele descreveu como um “monstro de mil cabeças” que infestou o governo e os poderes do Estado.

O novo presidente enfrentou uma ofensiva judicial ao passar para o segundo turno das eleições presidenciais, sendo alvo de acusações que ele descreveu como um “golpe de Estado” promovido pela elite econômica e política. Além disso, ele também terá que lidar com um Congresso de 160 assentos, onde a maioria pertence a partidos conservadores.

Arévalo prometeu um novo início para o país, destacando a importância de combater a corrupção e proporcionar oportunidades para as comunidades indígenas e a juventude, que frequentemente precisam migrar para os Estados Unidos devido à pobreza e falta de oportunidades no país. Ele destacou a necessidade de resgatar o país da corrupção e da impunidade, mas reconheceu que terá desafios monumentais pela frente.

Além disso, será crucial que o governo de Arévalo evite cair na corrupção, tornando-se transparente e responsável perante o público. O presidente recebeu cumprimentos internacionais, inclusive dos Estados Unidos, que sancionaram a procuradora-geral guatemalteca, Consuelo Porras, devido ao seu envolvimento em corrupção.

A gestão de Bernardo Arévalo como presidente da Guatemala enfrenta desafios significativos, mas sua promessa de uma “nova primavera” reacende esperanças em meio à turbulência política que assola o país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo