As forças militares dos Estados Unidos realizaram ataques necessários e proporcionais em três instalações usadas pelo grupo de milícia Kata’ib Hezbollah, apoiado pelo Irã, e outros grupos afiliados ao Irã no Iraque, segundo afirmou Austin. Essa ação, de acordo com o chefe do Pentágono, é uma resposta direta a uma série de ataques escalonados contra o pessoal dos EUA e da coalizão internacional anti-jihadista no Iraque e na Síria.
O Comando Central dos EUA divulgou em uma publicação no Twitter que as forças americanas estavam “conduzindo ataques aéreos unilaterais”, tendo como alvo “quartéis-generais do Kata’ib Hezbollah, armazenamento e locais de treinamento para foguetes, mísseis e capacidades de ataque unidirecional de UAV”. Porta-vozes do grupo atingido afirmaram que continuarão atacando “bases inimigas” até que Israel pare o conflito e suspenda o “cerco total” imposto à Gaza.
As tensões têm crescido no Oriente Médio, já que tanto Israel quanto os EUA, em suas respectivas ações, têm gerado retaliações. Os EUA afirmam que as tropas foram enviadas a convite do governo de Bagdá e que não teria sido notificado dos planos para o retorno. Desde meados de outubro, as forças da coalizão têm sido alvo de dezenas de ataques, indicando que o governo não tem controle total do território e tem lidado com grupos poderosos, como facções apoiadas por Teerã.
O premiê iraquiano já revelou a intenção de uma saída negociada e ordenada dos militares americanos do seu território, e que a medida era para que o país “não seja alvo ou justificação para qualquer parte, interna ou estrangeira, interferir com a estabilidade no Iraque e na região”. Ainda segundo a agência de notícias britânicas, o premier tem controle limitado sobre algumas das facções apoiadas por Teerã, e que, por ter precisado do apoio para chegar ao poder há um ano, formam agora um bloco forte no governo.
A situação colocou EUA e Irã em uma posição desconfortável, e o Oriente Médio enfrenta mais um ciclo de tensões e incertezas.