Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, afirmou que a UE considera que as condições para concluir as negociações com o Mercosul não estão reunidas no momento. Ele enfatizou o comprometimento da UE em buscar um acordo que respeite os objetivos da sustentabilidade e a sensibilidade, especialmente no âmbito agrícola.
A França, sob pressão dos protestos massivos dos agricultores, anunciou que não apoiará a assinatura do acordo com o Mercosul, composto por potências exportadoras agrícolas. Isso gerou uma instrução para interromper as reuniões no Brasil por parte da UE, revelando uma ruptura no processo após grandes esforços para concluir o acordo.
Os ministros de Relações Exteriores dos países do Mercosul defenderam a assinatura do acordo com a UE o mais rapidamente possível. No entanto, os agricultores europeus se mobilizaram em massa contra o acordo, expondo uma série de reivindicações relacionadas ao setor agrícola.
Mônica González, eurodeputada socialista, considera que a UE é quem mais tem a perder com o fracasso do acordo. A França, juntamente com agricultores de outros países, continua a protestar e se opor ao acordo. A possibilidade de fechar o acordo na legislação atual do Parlamento Europeu é considerada impossível.
Os agricultores europeus mantêm o bloqueio de estradas em Paris, e a situação está se tornando cada vez mais tensa. Com quase 800 milhões de habitantes, o mercado integrado proposto pelo acordo UE-Mercosul pode proporcionar grandes oportunidades, mas também apresenta desafios.
Dessa forma, a incerteza e a oposição intensa vêm dificultando o avanço das negociações entre a UE e o Mercosul. A busca por um equilíbrio que atenda aos interesses de todos os envolvidos permanece como um desafio, e o desfecho dessas negociações continua incerto.