Polícia Civil de SP identifica e intima mulher que proferiu ataques homofóbicos em padaria da região central da capital.

Na madrugada do último sábado (3), um casal gay foi vítima de agressões físicas e verbais dentro de uma padaria localizada na região central da capital paulista. O caso ganhou repercussão depois que imagens mostraram uma mulher proferindo frases homofóbicas e tentando agredir o casal.

Após o incidente, a Polícia Civil de São Paulo identificou e intimou a autora dos ataques homofóbicos. Jaqueline Santos Ludovico é a responsável pelas agressões e, segundo a polícia, deverá prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Além disso, os policiais que atenderam o caso também serão ouvidos.

As investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as gravações apresentadas pelo casal estão sendo analisadas para localizar possíveis testemunhas e evidências que auxiliem na elucidação dos fatos.

Após o episódio, as vítimas registraram um boletim de ocorrência na segunda-feira (5), dias depois do ocorrido. Segundo o jornalista Rafael Gonzaga, eles foram persuadidos a não comparecer à delegacia por policiais que atenderam o caso. Tal atitude gerou indignação por parte do casal, que afirmou que as autoridades tentaram dissuadi-los a não registrar o boletim naquele momento.

A agressora, por sua vez, alega estar sofrendo ataques desde o ocorrido. Sua defesa solicitou um julgamento imparcial “sem o peso indevido da pressão pública e do linchamento virtual”. No entanto, não foi detalhada qual seria a vulnerabilidade de Jaqueline no momento da ocorrência.

Rafael Gonzaga e Adrian Grasson, vítimas das agressões, foram ouvidos pela polícia e devem passar por exame de corpo de delito. O casal foi agredido com chutes, tapas e até um cone de trânsito foi arremessado contra eles, resultando em ferimentos faciais e sangramentos no nariz.

O caso chama atenção para a intolerância e o preconceito que ainda persistem na sociedade, além da importância da denúncia e do enfrentamento a essas situações. As investigações seguem em andamento para que os responsáveis pelas agressões sejam devidamente responsabilizados perante a justiça.

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