De acordo com a Nasa, a missão do Pace vai estudar o impacto de microrganismos, muitas vezes invisíveis, em vida microscópica na água e partículas microscópicas no ar. A proposta é analisar novas informações a respeito das áreas de saúde dos oceanos, monitoramento da proliferação de algas nocivas e das respostas dos ecossistemas oceânicos às mudanças climáticas.
O professor Alexandre Zabot, da UFSC, doutor em Astrofísica, explicou que o satélite Pace conta com um equipamento que realiza fotometria, com uma espécie de câmera fotográfica que pode captar cores na faixa do ultravioleta e infravermelho. Esse equipamento recebe luz dos oceanos e separa isso em imagens com várias cores, cada uma delas representando um tipo de ser vivo daquele local.
Além disso, o satélite Pace tem dois equipamentos chamados polarímetros, que permitem medir o grau de polarização que a luz que saiu do oceano sofreu ao passar pelas camadas da atmosfera. Eles também vão analisar informações relacionadas à atmosfera, propriedades das nuvens e aerossóis, que serão importantes para a compreensão do ciclo global do carbono.
A missão do Pace foi projetada para durar pelo menos três anos, mas a espaçonave está carregada com propelente, material utilizado para movimentar o satélite, suficiente para expandir esse cronograma em mais de três vezes.
O lançamento deste satélite representa um avanço significativo no estudo do impacto das mudanças climáticas e na compreensão da saúde do oceano e da atmosfera. Com equipamentos mais precisos e com maior resolução, será possível obter informações mais detalhadas sobre esses importantes aspectos da Terra.
Além disso, a missão do Pace se torna ainda mais relevante diante do panorama atual de agravamento das mudanças climáticas e seus impactos no planeta. Este lançamento representa um passo importante na busca por soluções e estratégias para enfrentar os desafios impostos por essas questões globais.
