Situação dos Fiéis e Clérigos Católicos na Nicarágua se Deteriora em 2024 devido à Intimidação e Repressão do Governo.

A Igreja Católica e outras denominações religiosas na Nicarágua estão sendo alvo de uma intensa campanha de repressão por parte do governo do presidente Daniel Ortega. A situação, que já vinha se deteriorando nos últimos anos, agravou-se em 2024, segundo relatos de padres expatriados, leigos e defensores dos direitos humanos.

De acordo com Martha Patricia Molina, uma jurista nicaraguense que fugiu para os Estados Unidos devido à perseguição que enfrentou em seu país, o medo é tão generalizado que tem silenciado as críticas ao governo autoritário. Até mesmo os sacerdotes católicos temem fazer denúncias, temendo represálias contra as comunidades.

Molina relatou que, somente no ano anterior, houve cerca de 30 profanações a igrejas, sendo que muitos desses ataques sequer foram comunicados às autoridades. Ela também mencionou um caso de um padre que foi xingado e acusado de roubo após relatar um furto em sua igreja à polícia.

As perseguições atingem tanto membros da Igreja Católica quanto de denominações evangélicas. Aqueles que ousam se opor à repressão estatal temem consequências graves, como prisão, exílio ou até mesmo a morte.

Os protestos contra o governo de Ortega, que iniciaram em 2018 devido a uma proposta de cortes na seguridade social, evoluíram para reivindicações por eleições antecipadas e acusações de medidas autoritárias. Em resposta, o governo passou a acusar o clero de apoiar os protestos e se tornou um símbolo de resistência à violência estatal.

Os impactos da repressão atingem não apenas o clero, mas também estudantes, populações marginalizadas e pequenos comerciantes em áreas rurais. Além disso, a Nicarágua enfrenta uma lacuna nos serviços sociais devido ao fechamento de organizações não governamentais.

Apesar da gravidade da situação, a comunidade internacional ainda não se manifestou de maneira efetiva para apoiar a Igreja Católica e combater a perseguição religiosa na Nicarágua. No entanto, ativistas e membros exilados continuam a denunciar a repressão e a documentar cada caso de violência contra a comunidade religiosa, na esperança de que haja justiça.

Portanto, embora a situação na Nicarágua seja extremamente preocupante, a luta pela liberdade religiosa e pelo direito de expressão continua, apesar das adversidades. A esperança dos ativistas e membros exilados é de que essa luta resulte em avanços significativos para a Igreja e para todos que sofrem com a perseguição do governo Ortega.

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