Lula critica cortes na ajuda humanitária à Palestina e defende reconhecimento como Estado soberano

Em meio aos cortes na ajuda humanitária à Palestina anunciados por diversas nações, o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, fez duras críticas à postura dos países que suspenderam repasses para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Durante viagem à Etiópia, o líder brasileiro classificou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio” e lamentou o impacto desses cortes na população da região.

O presidente afirmou que o Brasil fará um novo aporte de recursos para ações humanitárias na Palestina, destacando a importância do apoio internacional para a região. Mais de 10 países suspenderam os repasses para a UNRWA, após Israel denunciar o envolvimento de alguns funcionários da agência em ataques realizados pelo grupo palestino Hamas.

Por sua vez, a UNRWA, apesar de afastar os funcionários acusados, criticou a suspensão dos repasses financeiros, ressaltando que a vida das pessoas na Faixa de Gaza depende das contribuições internacionais. A entidade é responsável por serviços essenciais, como a construção e administração de escolas, abrigos para desalojados, clínicas médicas e distribuição de alimentos, sendo um importante contratante de mão de obra em uma região com alto índice de desemprego.

Lula fez um apelo para que os países ricos e as lideranças mundiais assumam um comportamento responsável em relação ao ser humano, questionando o impacto da suspensão na reconstrução das casas destruídas e na vida das crianças que perderam a vida na região. Além disso, o presidente brasileiro afirmou que o Brasil defenderá na ONU o reconhecimento definitivo do Estado palestino como Estado pleno e soberano, e se posicionou a favor de uma reforma na ONU, ampliando as participações no Conselho de Segurança e extinguindo o direito de veto mantido por cinco Estados.

Diante dos cortes na ajuda humanitária e do cenário de conflito na Palestina, Lula reforçou a solidariedade do Brasil ao povo palestino e criticou o que classificou como a ausência de instâncias de deliberação internacionais diante dos conflitos globais. O presidente ainda pontuou que a invasão de Gaza e outras ações internacionais não passaram pelo Conselho de Segurança da ONU, ressaltando a necessidade de uma governança global mais humanizada.

Portanto, nesse contexto de cortes na ajuda humanitária à Palestina e críticas internacionais, o presidente brasileiro reafirmou o compromisso do Brasil com a questão humanitária e o apoio ao povo palestino, buscando promover ações efetivas para a solução do conflito na região.

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