G20 discute reformas na governança global e papel das Nações Unidas em Rio de Janeiro.

A discussão sobre mudanças na governança internacional, incluindo o funcionamento de instituições globais como a Organização das Nações Unidas (ONU), tornou-se o assunto dominante no segundo e último dia da reunião de chanceleres do G20, que reúne as principais economias do mundo. O encontro, realizado no Rio de Janeiro, teve início às 9h e está previsto para se encerrar às 13h, quando uma declaração do G20 à imprensa está programada.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, aproveitou o primeiro dia do encontro de chancelarias para destacar a necessidade de reforma em organismos internacionais, com maior destaque para o multilateralismo. Durante seu discurso para a plateia de chanceleres, Vieira ressaltou a importância de resolver diferenças por meio do diálogo e cooperação, em vez de conflitos armados.

O evento acontece na Marina da Glória, local de destaque na orla carioca, e, devido aos dois dias de encontros, o policiamento na capital fluminense foi reforçado. As forças de segurança estaduais, juntamente com agentes das Polícias Federal e Rodoviária Federal, estão atuando para garantir a segurança das comitivas internacionais.

O primeiro dia de reuniões dos ministros das Relações Exteriores foi marcado pela análise do cenário internacional e pela atuação do G20 como fórum para diálogo e acordos em conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia e a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Desde dezembro de 2023, o Brasil está na presidência rotatória do G20, buscando fortalecer a relevância do conjunto de países emergentes.

Além da reunião no Rio de Janeiro, estão previstas diversas outras reuniões de grupos de trabalho em cidades brasileiras até o encontro final sob a presidência brasileira, quando chefes de Estado e de governo se encontrarão nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O G20 é composto por 19 países e dois órgãos regionais, representando cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. Como presidente do G20, o Brasil tem o direito de convidar outros países e entidades, incluindo países como Angola, Bolívia, e Emirados Árabes Unidos.

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