Presidente francês é vaiado e enfrenta protestos no Salão da Agricultura em Paris, em visita marcada por confrontos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi recebido com vaias e confrontos ao deixar o Salão da Agricultura em Paris neste sábado (24). O evento é de grande importância para um setor descontente, que já protagonizou grandes manifestações no início do ano.

A visita anual dos presidentes franceses ao Salão da Agricultura é uma tradição, mas este ano acontece em um contexto de tensão, após os agricultores terem bloqueado diversas rodovias do país no mês de janeiro.

A chegada de Macron ao evento, que ocorreu às 8h locais (4h em Brasília), foi marcada por cenas de violência e confusão, com manifestantes tentando forçar a entrada antes da abertura do local, gerando confrontos com as forças de segurança.

Protegido por dezenas de policiais da tropa de choque, Macron foi alvo de críticas, sendo chamado de “mentiroso”, enquanto manifestantes pediam sua renúncia e gritavam para que ele fosse embora. O presidente se manteve firme, tentando dialogar com alguns agricultores em meio ao caos.

Apesar do início conturbado, Macron deixou o evento por volta das 21h15 (17h15 de Brasília) satisfeito por ter visitado o local. Ele considerou “ridículo” o uso da violência por parte dos agricultores em um evento que, segundo ele, pertence a eles.

Durante a sua participação no Salão da Agricultura, Macron reiterou seu compromisso em propor a adoção de preços mínimos para proteger a receita agrícola, além de discutir medidas para evitar distorções de concorrência no setor.

Após os protestos dos agricultores, Macron anunciou uma série de medidas para atender às demandas do setor, incluindo um controle mais rigoroso da origem dos produtos e a recusa em assinar um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

O presidente francês destacou a importância do diálogo em detrimento do confronto, reforçando o seu compromisso em ouvir e atender às demandas do setor agrícola. Os protestos que abalaram a França também impactaram outros países europeus, como Alemanha, Polônia, Romênia, Bélgica, Itália e Espanha.

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