Apesar das dificuldades, o presidente conseguiu interagir com alguns agricultores, incluindo representantes dos principais sindicatos do setor. Macron reiterou sua abordagem baseada no diálogo em vez do confronto, enfatizando sua disposição em ouvir as demandas dos agricultores descontentes. Durante a inauguração, o presidente abordou questões como a implementação de preços mínimos para proteger a receita agrícola, uma medida que gerou controvérsia no Parlamento francês.
Além disso, Macron manifestou seu desejo de evitar a proibição de um pesticida na França antes de outros países da União Europeia, visando manter a competição justa no mercado. Após os protestos que abalaram o setor agrícola em janeiro, o presidente anunciou uma série de medidas, incluindo um maior controle sobre a origem dos produtos e a recusa em assinar um acordo comercial entre a UE e o Mercosul.
Apesar das divergências e dos desafios enfrentados, Macron destacou a importância do comércio internacional para o setor agrícola francês, discordando da ideia de que poderia prejudicar a indústria local. Os protestos que ocorreram não apenas na França, mas também em outros países europeus, refletem a insatisfação generalizada dos agricultores em relação às políticas governamentais e comerciais.
Em meio a um clima de turbulência e incertezas, Macron busca manter o equilíbrio entre as demandas do setor agrícola e as exigências do mercado internacional, enfrentando desafios e pressões em sua gestão presidencial. O Salão da Agricultura em Paris se tornou um cenário emblemático dos conflitos e desafios que permeiam o setor agrícola na França e na Europa como um todo.
