Os resultados desta pesquisa, divulgados recentemente em Brasília, revelaram que o conhecimento das mulheres sobre a Lei Maria da Penha ainda é muito baixo, apesar de ser reconhecida pela população em geral. Beatriz Accioly, coordenadora de Parcerias do Instituto Avon, ressaltou que a Lei é conhecida de maneira geral, mas o conhecimento dos detalhes e direitos garantidos ainda é limitado. Apenas cerca de 30% das mulheres têm conhecimento mais aprofundado sobre a legislação.
A pesquisa mostrou que as mulheres das regiões Norte e Nordeste são as que menos conhecem a Lei Maria da Penha, com índices variando entre 71% e 74%. Beatriz Accioly enfatizou a importância de aumentar o conhecimento sobre a legislação, destacando que as mulheres precisam conhecer seus direitos para poder reivindicá-los e interromper ciclos de abusos e agressões.
A coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência, Maria Teresa Prado, ressaltou que a pesquisa pode auxiliar os legisladores na criação de leis e políticas públicas mais eficazes e adequadas. Ainda é necessário avançar na conscientização e na divulgação da Lei Maria da Penha, para que mais mulheres tenham acesso aos seus direitos e à rede de proteção.
Em relação aos serviços que integram a rede de proteção à mulher, a pesquisa identificou que a delegacia da mulher é o serviço mais conhecido, enquanto a Casa da Mulher Brasileira é menos conhecida. A presidente e diretora de conteúdo da Gênero e Número, Vitória Régia da Silva, ressaltou a importância de mudar o cenário atual e garantir que as vítimas de violência tenham acesso aos serviços de proteção.
Em suma, os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de ampliar o conhecimento das mulheres sobre a Lei Maria da Penha e os serviços de proteção, a fim de promover uma maior conscientização e garantir o acesso aos direitos previstos na legislação. Através de medidas educativas e de conscientização, é possível contribuir para a prevenção e o combate à violência contra a mulher.
