Iván Cantú, de 50 anos, foi executado no Texas por ter sido condenado em 2001 pelos assassinatos de seu primo James Mosqueda e da noiva deste, Amy Kitchen. No entanto, momentos antes de receber a injeção letal, Cantú afirmou: “Nunca matei James e Amy”. Apesar das declarações, as autoridades estaduais rejeitaram os pedidos de clemência, ignorando as possíveis evidências de uma nova investigação do caso.
Entre os fatos apresentados durante o julgamento, encontrava-se uma calça jeans com sangue das vítimas, que foi descoberta na lixeira da cozinha de Cantú. Os advogados de defesa argumentaram que a namorada do réu na época mentiu e que outra pessoa teria colocado a peça de roupa no local para incriminá-lo.
Mesmo com diversos apelos, incluindo de figuras públicas como Jane Fonda e Kim Kardashian, a execução de Cantú prosseguiu, gerando debates e questionamentos sobre a justiça no sistema penal dos Estados Unidos. A Conferência dos Bispos Católicos do Texas também pediu a suspensão da execução devido às incertezas no caso.
Em contrapartida, em Idaho, a execução de um assassino em série, Thomas Creech, foi cancelada após diversas tentativas fracassadas de inserir acesso intravenoso para a administração da substância letal. Creech, que permaneceu no corredor da morte por mais de 40 anos, seria a primeira pessoa executada em Idaho em mais de uma década.
Esses eventos ressaltam a complexidade e controvérsia em torno da pena de morte nos Estados Unidos, levantando questões sobre justiça, equidade e eficácia do sistema criminal do país. A execução adiada de Creech e a execução de Cantú são reflexos de um debate ainda em curso na sociedade americana sobre os limites e as consequências da punição máxima.