Testemunhas relataram que soldados israelenses, posicionados próximos ao comboio, abriram fogo contra as pessoas que corriam em direção aos caminhões em busca de alimentos. Um funcionário graduado do Exército de Israel descreveu a situação como uma debandada, na qual dezenas de moradores de Gaza foram feridos e mortos, alguns atropelados por caminhões. O Exército alega que os civis abordaram as forças israelenses, que dispararam tiros de advertência antes de atirarem de forma limitada.
Apesar das alegações da força armada israelense, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou a morte de 104 pessoas e 760 feridos, classificando o ocorrido como um verdadeiro massacre. O serviço de saúde palestino também informou que desde o início da guerra em 7 de outubro, mais de 30.000 pessoas morreram em operações militares israelenses em Gaza.
Moradores da região relataram o caos e a violência presenciados durante a operação de distribuição de alimentos. Um deles contou como tanques atacaram a multidão, resultando em mortes e feridos. Outro testemunho destacou a busca desesperada por alimentos e a triste realidade de precisarem “pagar esta ajuda com seu sangue”.
Diante dessa tragédia, a ONU alertou sobre o risco iminente de fome que a população de Gaza enfrenta, principalmente no norte, onde a falta de alimentos, água, medicamentos e combustível se tornou ainda mais crítica devido aos conflitos em curso. A agência humanitária denunciou a redução significativa no número de caminhões de ajuda que conseguem entrar no território, impactando diretamente a vida dos habitantes locais.
O cenário de guerra e desespero que se instaurou em Gaza se revela como uma grande tragédia humanitária, com consequências devastadoras para a população civil. A busca por ajuda e sobrevivência se tornou um desafio diário, marcado pela violência e pelas perdas irreparáveis. Enquanto o mundo observa, a população de Gaza clama por solidariedade e apoio em meio à devastação.
