Familiares de entregador baleado afirmam ser intimidados por agentes da PM após incidente com policial militar no Rio de Janeiro.

Na última segunda-feira, o entregador de aplicativo Nilton Ramon de Oliveira foi baleado à queima-roupa pelo policial militar Roy Martins após uma discussão. Desde então, os familiares do rapaz têm relatado intimidações por parte de agentes da Polícia Militar. Segundo o cunhado de Nilton, Luiz Oliveira, seis PMs fardados tiraram fotos do rosto dele e da esposa, além de fazerem cerco no hospital Salgado Filho, onde o entregador de 25 anos está internado na UTI.

A situação ganhou repercussão na manhã desta quarta-feira, quando os parentes de Nilton estiveram na Assembleia Legislativa do Rio para denunciar o caso à Comissão de Direitos Humanos, presidida pela deputada Dani Monteiro, e à Comissão de Racismo da Câmara do Rio, presidida pela vereadora Mônica Cunha. Eles afirmaram estar ameaçados e com medo de sofrer represálias dos PMs.

“Estão tentando nos intimidar. A família está com medo. Procuramos a Alerj para pedir ajuda. Queremos que algo seja feito. Não podemos viver com medo de represálias. O que aconteceu com ele não pode passar impune”, afirmou Luiz Oliveira, que está tentando obter uma medida protetiva para toda a família.

Enquanto Nilton segue hospitalizado em estado grave, na UTI, a tia do rapaz disse que ele já acordou, agradeceu por estar vivo e pediu desculpas pelo ocorrido. Ela ressaltou o arrependimento do jovem por ter se envolvido na confusão, enfatizando que ele não teve culpa de ter sido baleado.

Diante desse cenário, a deputada Dani Monteiro anunciou que realizará uma audiência pública ainda este mês para discutir medidas que garantam mais dignidade aos entregadores. Ela destacou a importância de ouvir a sociedade e definir ações que possam proteger os direitos da categoria.

As denúncias de assédio por parte dos agentes da Polícia Militar no hospital Salgado Filho também foram destacadas pela deputada, que ressaltou a necessidade de coibir qualquer tipo de conduta que viole os direitos dos cidadãos. A família de Nilton espera por justiça e segurança para superar esse momento de tensão e medo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo