De acordo com Metzer, o governo israelense permite a entrada em Gaza apenas de água, comida, suprimentos médicos e combustível. Ela negou que haja qualquer restrição à entrada de ajuda humanitária no território e assegurou que qualquer contribuição enviada pelo Brasil aos palestinos será autorizada a entrar em Gaza.
A retenção dos purificadores de água brasileiros foi revelada pelo deputado italiano Ângelo Bonelli, do partido Europa Verde. Segundo ele, 30 pacotes enviados pelo Brasil estavam entre os 400 pacotes retidos na passagem de Rafah.
Metzer explicou que, apesar de não controlar diretamente as operações de envio de ajuda humanitária para Gaza, o governo israelense estabelece uma lista de produtos autorizados e realiza inspeções nos caminhões que entrarão na região. Essas medidas visam garantir a segurança e a conformidade com as regulamentações locais.
A diplomata também ressaltou que as doações de países estrangeiros estão sendo enviadas por Rafah, subordinadas à autoridade egípcia, enquanto em passagens israelenses como Kerem Shalom, apenas organizações internacionais estão autorizadas a transitar, sem o envolvimento de militares israelenses na entrada e entrega da ajuda.
Em relação às recentes declarações do presidente brasileiro, Metzer evitou fazer comentários, afirmando que o foco está na autorização de envios humanitários para Gaza. A crise diplomática entre Brasil e Israel, que teve início com declarações polêmicas de Lula da Silva, ainda está em desenvolvimento, mas o governo israelense garante que não há obstáculos à ajuda humanitária destinada aos palestinos em Gaza.