Enquanto isso, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusou a Polícia Militar de Minas Gerais de restringir a entrada de pessoas e suprimentos no acampamento, alegando que a ação policial limitava o acesso de insumos essenciais para as famílias acampadas. O MST solicitou a entrada de lonas, água, medicamentos e gás para garantir o bem-estar dos ocupantes.
Diante da situação, o governo de Minas Gerais não se pronunciou publicamente sobre a atuação da Polícia Militar no local da ocupação. Enquanto isso, a Defensoria Pública de Minas solicitou o cancelamento da operação policial e questionou a permanência da polícia na área, destacando a importância de garantir o direito de ir e vir dos cidadãos acampados na fazenda.
A decisão judicial que negou a reintegração de posse foi baseada na falta de comprovação da posse pelos supostos proprietários da fazenda. O juiz responsável pelo caso também ressaltou a necessidade de realizar uma vistoria para verificar se a propriedade cumpre a função social da terra, conforme previsto na Constituição Federal.
O MST fundamentou a ocupação da fazenda no não cumprimento da função social da terra e na necessidade de reforma agrária. O movimento alegou que a propriedade está abandonada há sete anos e é improdutiva, o que justificaria a desapropriação do local para fins de reforma agrária. No entanto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) afirmou não ter informações sobre a situação da fazenda e ressaltou a importância de uma vistoria para avaliar a função social da terra.