A acusação partiu de seu antecessor, Horacio Cartes, que alegou que Abdo Benítez utilizou os documentos para difamá-lo e prejudicar as chances eleitorais de seu herdeiro político, o atual presidente Santiago Peña, antes do pleito de 30 de abril de 2023.
Para que Abdo Benítez seja processado, ele deverá ser destituído de seus privilégios como senador vitalício, um procedimento que se tornaria efetivo na próxima semana, conforme informou o presidente do Senado, Basilio Núñez.
Vale ressaltar que os Estados Unidos já designaram Cartes como “significativamente corrupto” em 2022 e ratificaram essa posição em 2023, proibindo sua entrada em território americano, juntamente com seus três filhos.
A acusação lançada contra o ex-presidente Abdo Benítez inclui uma série de supostos crimes, como revelação de segredos de serviço, denúncia falsa, usurpação de funções públicas e associação criminosa. De acordo com o Ministério Público, Abdo Benítez teria liderado uma organização criminosa para vazar informações confidenciais da Secretaria de Lavagem de Dinheiro e Bens, com o intuito de desacreditar o setor ligado a seu arqui-inimigo político e ao atual presidente Santiago Peña.
Diante das acusações, o advogado de Abdo Benítez afirmou que as acusações são falsas e carecem de fundamentos. Enquanto isso, o representante de Cartes alegou que existem testemunhos, documentos e perícias que indicam uma conspiração contra o ex-presidente.
A situação política no Paraguai se mantém tensa com essas acusações e a batalha judicial que se seguirá, marcando um capítulo conturbado na política do país sul-americano. É importante acompanhar de perto os desdobramentos desse caso para compreender as consequências e impactos que terá no cenário político paraguaio.
