As substâncias responsáveis por essa contaminação, conhecidas como “Forever chemicals” ou PFAS (perfluoroalquil e polifluoroalquil), eram inicialmente encontradas em produtos como potes, shampoos e maquiagens, mas se espalharam por todo o meio ambiente, incluindo água e ar. O químico especialista em água potável, Ian Cousins, professor da universidade e autor principal do estudo, afirmou que não existe um único lugar na Terra onde a água da chuva seja segura para consumo, com base nas análises realizadas.
Mesmo em regiões consideradas intocadas, como a Antártica e o planalto tibetano, os níveis de PFAS detectados estão acima dos padrões estabelecidos pela EPA. Essas substâncias podem afetar as respostas imunológicas de crianças às vacinas, aumentar o risco de obesidade, colesterol e câncer, e causar problemas de fertilidade e atrasos no desenvolvimento infantil.
Ian Cousins ressaltou que, apesar de os níveis de PFAS nas pessoas terem diminuído nas últimas décadas, as diretrizes de água potável têm sido ajustadas devido à crescente compreensão sobre a toxicidade dessas substâncias. O pesquisador alerta que, devido à persistência e onipresença das PFAS, elas nunca desaparecerão do planeta, e será necessário conviver com essa contaminação.
Dessa forma, o estudo aponta para a urgência de medidas que visem a redução e controle dessas substâncias químicas tóxicas para garantir a segurança da água potável em todo o mundo.