Segundo informações do escritório do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, essa abstenção prejudicou os esforços de Israel no combate ao grupo islamista Hamas. Em resposta a essa situação, a Casa Branca se mostrou perplexa com o cancelamento da missão de alto nível e afirmou que não existe um desacordo real entre os dois países.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, destacou que a ausência da delegação de Israel gerou decepção em Washington, mas ressaltou que a abstenção dos Estados Unidos na ONU não representa uma mudança na política do país. Os EUA têm sido consistentes em seu apoio a um cessar-fogo como parte de um acordo que visa a libertação de aproximadamente 130 pessoas ainda mantidas como reféns em Gaza.
A guerra entre Israel e Hamas já resultou em cerca de 1.160 mortes, a maioria civis, de acordo com dados israelenses. Enquanto Israel relatou pelo menos 32.333 mortes em Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde do Hamas. A situação tem levado os Estados Unidos a expressarem frustração diante do crescente número de vítimas civis na região. Mesmo com o cancelamento da delegação de alto nível, a visita do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, a Washington ainda está confirmada.
Durante essa visita, Gallant se reunirá com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e com o secretário de Defesa, Lloyd Austin, para discutir esforços para a libertação dos reféns sob controle do Hamas e a necessidade de mais ajuda humanitária para os civis palestinos. Portanto, a relação entre Israel, Estados Unidos e a situação em Gaza continua gerando tensões e preocupações.
