O presidente russo, Vladimir Putin, e seus serviços de segurança não mencionaram a possível ligação jihadista neste fim de semana, apontando para uma pista ucraniana, a qual foi negada por Kiev e outros governos ocidentais. A agenda de Putin para terça-feira inclui uma reunião com autoridades políticas e de segurança, mas não há planos de visitar o local do ataque, que foi o mais mortal reivindicado pelo EI em solo europeu.
A identidade e os motivos dos quatro principais suspeitos ainda são uma incógnita, levantando diversas perguntas sobre o caso. Até o momento, os quatro indivíduos, sendo um deles do Tadjiquistão, foram detidos e enfrentam a possibilidade de prisão perpétua. Outros três suspeitos também foram colocados sob custódia até a mesma data, sendo um deles um pai e seus dois filhos, um dos quais nascido no Tadjiquistão com nacionalidade russa.
O Kremlin se recusou a comentar sobre as alegações de tortura dos suspeitos, cujas fotos e vídeos circularam nas redes sociais, mostrando-os ensanguentados. A publicação desses conteúdos foi interpretada por Leonid Volkov, uma figura da oposição russa, como uma tentativa de desviar a atenção do fracasso das autoridades de segurança.
Com a escalada dos ataques ucranianos em solo russo, o ataque em Moscou se torna um sério revés para Putin, que prometeu segurança aos cidadãos. A luta contra a ameaça jihadista exige cooperação internacional, algo que, segundo o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, ainda não é efetivo.
O ataque ocorreu poucos dias após a recente reeleição de Putin como presidente e coloca em xeque sua capacidade de garantir a segurança da população russa. Enquanto isso, os EUA, a Ucrânia e outros países ocidentais rejeitam as versões apresentadas pelas autoridades russas, revelando um cenário complexo e repleto de incertezas.