Em seu discurso de posse, o novo premier abordou diversas questões importantes para o país. Ele destacou a imigração, um tema sensível que impulsionou o partido de extrema-direita Chega. Montenegro se comprometeu a manter uma postura equilibrada em relação à imigração, defendendo um país humanista e acolhedor, sem portas totalmente fechadas ou escancaradas.
Além disso, Montenegro abordou a questão econômica, abrandando as expectativas em relação ao superávit alcançado em 2023. O novo primeiro-ministro prometeu não dissolver o Parlamento antes do final de seu mandato, buscando estabilidade política para seu governo.
Montenegro é presidente do Partido Social Democrata (PSD) e liderou a coligação de centro-direita Aliança Democrática, que elegeu 80 deputados. No entanto, sua margem parlamentar é estreita, o que o coloca em uma posição delicada frente a forças políticas como os socialistas e a extrema-direita representada pelo Chega.
O novo governo de Montenegro põe fim a oito anos de governo socialista comandado por António Costa, que renunciou em novembro após um escândalo de tráfico de influência. Montenegro enfrenta o desafio de governar com uma coalizão minoritária, sem o apoio do partido Chega, em um cenário político fragmentado.
O próximo obstáculo para Montenegro será a apresentação do programa de governo no parlamento, com o desafio de garantir apoio suficiente para sua aprovação. A editora-chefe do Jornal de Negócios destaca que o premier enfrenta o dilema de ser popular ou responsável, diante de um superávit orçamentário herdado e a necessidade de equilíbrio fiscal.
Em resumo, a posse de Luís Montenegro como primeiro-ministro de Portugal marca o início de um novo capítulo na política do país, com desafios e expectativas que moldarão os rumos da nação nos próximos anos.