O relatório, elaborado anualmente pelo Laboratório de Análise e Descoberta de Terras Globais (Glad) da Universidade de Maryland, com base nos dados da Global Forest Watch (GFW) do World Resources Institute (WRI), destaca que, enquanto Brasil e Colômbia apresentaram avanços na conservação das florestas, houve retrocessos em países como Bolívia, Laos e Nicarágua.
Especialistas apontam que as diretrizes ambientais implementadas no governo Lula são fundamentais para transformar os indicadores no Brasil. A demarcação de terras indígenas, a aplicação da lei e a revogação de medidas contrárias à preservação ambiental são citadas como exemplos que podem contribuir para a proteção dos biomas no país.
É necessário um olhar atento e igualitário para todos os biomas brasileiros. Enquanto houve uma redução de 39% no desmatamento da Amazônia em relação ao ano anterior, o Cerrado apresentou um aumento de 6%, mantendo uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos, e o Pantanal sofreu com a perda de florestas devido às queimadas.
Outros países também enfrentam desafios na preservação florestal, como a Bolívia, que teve um aumento de 27% na perda de floresta primária em 2023. A falta de avanços significativos em direção às metas estabelecidas em acordos ambientais, como a Declaração dos Líderes de Glasgow, preocupa os pesquisadores, pois o tempo para alcançá-las está se esgotando.
O Canadá, mesmo fora dos trópicos, registrou um aumento significativo na perda de cobertura florestal devido a incêndios florestais. A Indonésia também enfrentou desafios, principalmente após a passagem do fenômeno El Niño, que aumentou a perda de floresta primária em 27% no país. Esses dados reforçam a gravidade da situação global em relação à preservação das florestas e a necessidade de ações urgentes para evitar um colapso ambiental.