Os comentários de Macron vieram à tona após um raro telefonema entre os ministros da Defesa dos dois países, que resultou em declarações conflitantes na mídia. O comunicado do Ministério da Defesa russo citou Shoigu dizendo que o governo de Kiev não age sem a aprovação de seus “manipuladores ocidentais” e expressou a esperança de que os serviços especiais franceses não estivessem envolvidos no incidente.
“É absurdo e não condiz com a realidade insinuar que a França ou a Ucrânia estavam por trás desse ataque. É uma clara manipulação da informação, algo que já faz parte do arsenal de guerra da Rússia”, disse Macron aos jornalistas durante a cerimônia de inauguração de uma piscina construída para os Jogos Olímpicos de Paris.
O Ministério da Defesa da França, em comunicado posterior ao telefonema, reafirmou a condenação ao ataque ocorrido em março, que resultou na morte de 145 pessoas. O ministro francês, Sébastien Lecornu, repudiou veementemente o incidente e afirmou que não há provas que liguem a França ou a Ucrânia a tal ato.
Diante desse cenário de tensão diplomática, Macron reforçou a importância da verdade e da transparência nas relações internacionais, afirmando que acusações infundadas podem prejudicar a estabilidade global. A França segue em busca de esclarecimentos sobre o ocorrido, enquanto a Rússia mantém sua posição e continua a fazer insinuações sem provas concretas.