Segundo a CIDH, a exclusão de Yoris mina a independência e imparcialidade do Poder Eleitoral, o que impossibilita a realização de eleições presidenciais livres e justas. Yoris foi nomeada para substituir María Corina Machado nas eleições, já que Machado foi impedida de se candidatar devido a uma inabilitação imposta pela Controladoria, alinhada ao governo.
No entanto, problemas técnicos impediram Yoris de formalizar sua inscrição em nome da Mesa da Unidade Democrática (MUD) até a data limite estabelecida. A Comissão também denunciou que tais ações restringem a oferta eleitoral, desencorajam a participação política e perpetuam um governo repressivo.
A CIDH, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), enfatizou a necessidade de restabelecer a separação e independência do poder eleitoral, judiciário e demais poderes públicos na Venezuela para reconstruir a democracia e restaurar a confiança nas instituições públicas.
Por outro lado, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, desqualificou o veto a Yoris como um “circo”, destacando a “nervosismo” em Washington e entre a oligarquia regional. Apesar disso, a exclusão de Yoris provocou críticas dos Estados Unidos, Colômbia e Brasil, aliados tradicionais de Maduro.
Diante desse cenário, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos destaca a urgência de medidas para garantir a participação política da oposição nas eleições presidenciais na Venezuela, visando restaurar a democracia no país.