Segundo a historiadora Ana Fabíola Correia da Costa, gerente da Divisão do Memorial Institucional do MPPE, o projeto surgiu com a intenção de construir a memória institucional do órgão a partir de sua atuação nas áreas criminal, civil e de cidadania. A exposição foi idealizada em 2020 e traz um diálogo sobre a evolução do direito sobre o tema do racismo, além de destacar o trabalho de artistas que abordam a racialidade.
A mostra conta com pinturas, fotografias e performances audiovisuais de diversos artistas, como Amanda de Souza, Andressa Demski Rocha, Mavinus, Kênia Lua, Ronni FX e Ziel Karapotó. Além disso, flâmulas de voile suspensas com frases impressas de textos extraídos de processos conduzidos pelo MPPE estarão expostas, fazendo referência à discriminação racial. Painéis com falas de pensadores como Lélia Gonzalez, Aílton Krenak e Frantz Fanon também fazem parte da exposição.
Uma linha do tempo sobre a evolução das leis brasileiras e a atuação do GT Racismo também serão apresentadas na exposição. O público terá a oportunidade de manusear arquivos do crime de racismo, propiciando uma experiência sensível e possibilitando que cada visitante deixe sua impressão sobre o tema.
A exposição “Memórias: enfrentamento ao racismo” é uma realização do Projeto Memórias, desenvolvido pela Divisão Ministerial do Memorial Institucional (Dimmins) em parceria com a Divisão de Arquivo Histórico (Dimaq) do MPPE. A exposição estará aberta ao público até o dia 16 de junho, com visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 16h30. A abertura oficial ocorrerá nesta sexta-feira, às 17h, na Galeria Massangana, no Museu do Homem do Nordeste/Fundaj, em Recife.