Essa decisão foi tomada após um telefonema na quarta-feira entre os ministros da Defesa francês, Sébastien Lecornu, e russo, Sergei Shoigu, sobre a luta antiterrorista. No entanto, os comunicados emitidos pelas partes envolvidas foram extremamente divergentes, causando mal-estar e desconfiança mútua.
O presidente francês, Emmanuel Macron, criticou os russos por seus “comentários exagerados e ameaçadores” em relação à conversa entre os ministros da Defesa. Além disso, a Rússia fez uma declaração sugerindo que os serviços secretos franceses poderiam estar envolvidos em um atentado em Moscou, o que foi prontamente negado pelo governo francês.
Diante desse cenário, o ministro francês de Relações Exteriores destacou a importância de estabelecer confiança antes de qualquer nova tentativa de diálogo com os russos. Macron, por sua vez, defendeu a conversa entre os ministros da França e da Rússia, alegando que o país tinha informações úteis a transmitir sobre o atentado em Moscou.
O ataque em questão foi reivindicado pelo Estado Islâmico, mas a Rússia insiste em atribuí-lo a uma suposta trama relacionada à Ucrânia, onde o país lançou uma invasão em fevereiro de 2022. Com as relações entre França e Rússia cada vez mais estremecidas, o cenário internacional se torna mais tenso e imprevisível.