Trump critica proibição do aborto no Arizona, mas defende papel decisivo em impulsionar fim do direito nos EUA.

O ex-presidente americano Donald Trump fez declarações polêmicas nesta quarta-feira (10) em relação ao estado do Arizona e sua proibição do aborto com base em uma lei do século XIX. Durante um evento em Atlanta, Geórgia, Trump foi questionado por um jornalista sobre a proibição quase total do aborto no Arizona e concordou que o estado havia ido “longe demais” e que essa situação seria corrigida em breve.

A Suprema Corte do Arizona restabeleceu uma lei antiga que proíbe o aborto em quase todas as circunstâncias, o que tem gerado uma polarização ainda maior no cenário eleitoral do país. Trump, que ao longo de seu mandato buscou impulsionar o fim do direito ao aborto nos Estados Unidos, tem emitido declarações contraditórias sobre o tema nos últimos meses, frustrando apoiadores conservadores.

Apesar de ter nomeado três juízes conservadores para a Suprema Corte, Trump tem evitado expressar apoio firme às proibições mais radicais do aborto, preferindo manter uma postura mais neutra. Em um vídeo publicado recentemente, ele afirmou que o direito ao aborto deveria ser decidido por cada estado, evitando se posicionar de forma mais definitiva.

No entanto, Trump tentou atribuir a si o mérito pela decisão da Suprema Corte em 2022, que encerrou quase meio século de proteção ao direito ao aborto em todo o país. Agora, com a possibilidade dos estados legislarem sobre a questão, alguns republicanos estão promovendo proibições quase totais, enquanto há pressão dentro do Partido Republicano por uma proibição nacional.

Diante desse cenário complexo, as declarações de Trump continuam gerando controvérsias e especulações sobre seu posicionamento real em relação ao aborto nos Estados Unidos. Enquanto isso, a polarização do tema permanece no centro do debate político no país, com repercussões que podem influenciar diretamente a eleição presidencial que se aproxima.

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